quinta-feira, 28 de julho de 2011

missiva



perdeste-me
porque caminho
para a porta de saída

não esperes
de mim que me despeço

sem levar compromisso
angústia ou crença

da última
( algema doce )
guardo a derradeira reverência

não mais pertenço a tribo
ou clã
nem mesmo me possuem
cor ou sexo

cavalgo o imediato
inteira e nua
e salto nesse instante de apnéia

thirak sarita

2 comentários:

  1. Lendo essa linda poesia, lembrei-me do privilégio de ouvi-la declamando.

    Querida Thirak, você é uma pessoinha muito especial e querida!!!

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  2. Esta carta pertence aos que se libertaram do jugo da vida comum. É um voo solitário e pleno sobre os mares do existir sem fronteiras, sem medos, sem tempo...
    BJos

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