quinta-feira, 28 de julho de 2011

missiva



perdeste-me
porque caminho
para a porta de saída

não esperes
de mim que me despeço

sem levar compromisso
angústia ou crença

da última
( algema doce )
guardo a derradeira reverência

não mais pertenço a tribo
ou clã
nem mesmo me possuem
cor ou sexo

cavalgo o imediato
inteira e nua
e salto nesse instante de apnéia

thirak sarita

quarta-feira, 6 de julho de 2011

brincadeira ( leela )


quando o último ar
 que traz a vida
o meu corpo percorresse

e esse corpo
 por qualquer razão pequena
  tentasse detê-lo
inutilmente

nada mudaria

nem o mapa das estrelas, céu da noite
calmaria
nem o sol, esse insensato
que - indiferente- brilha
nem a flor que em seu contorno
desenha a maravilha

nada no mundo
ou ninguém perceberia

quando ela se for (vida minha?)
nem eu mesma sentiria

thirak sarita


domingo, 3 de julho de 2011

no centro do furacão



no centro do furacão existe um buda

no agora
onde o vento dorme

suspenso
onde tudo espera

vazio
onde o silêncio mora

em paz
onde se encontra Deus


thirak sarita


foto cedida por eliana mora

sexta-feira, 1 de julho de 2011

sobre o amor


O amor não é uma ação; não é uma coisa que você faça. Se você faz, não é amor. Nenhum fazer está envolvido no amor; ele é um estado de ser, não uma ação. Também não é uma questão de tempo. Se você pode ser amoroso em um simples momento, isso é o suficiente, porque você nunca tem dois momentos juntos. Somente um momento é dado. Quando um é perdido, um segundo é dado. Você tem somente um momento com você. Se você sabe como ser amoroso em um único momento, você conhece o segredo.

Osho
(O Livro dos Segredos- vol 2)