pegar todas as tuas lembranças
as mais caras, que te põem no colo
ou envaidecem
as mais tolas ou ridículas
aquelas que te causaram extrema dor
teu nome e sobrenome
e tudo o mais de que és feito
até o dia de hoje
fazer um embrulho caprichado
amarrado com fita de cetim
e em dádiva a qualquer coisa que acredites
jogá-lo ao mar
de preferêcia em alto-mar
no escuro de uma noite
em que a tempestade fizer dele
um gigante furioso
e quase náufrago
nele respirar o cheiro da morte
para chorar a grande perda
do que pensavas ser
ou julgavas ter
ao amanhecer - e só então
numa leveza de novidade
serás vivo e livre
para celebrar quem realmente és
thirak sarita
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