domingo, 30 de outubro de 2011

the I amness




in the vast horizon It is dancing the music of Earth

free when kissing the blooming flowers
or flying in the wind through mountains and rivers

indivisible and complete
although mixed with trees and deserts

peace under the one who suffers or celebrates

watching thoughts coming and passing away
like the water of the same river

enjoying itself as the silence sings it´s song
and shining where the very truth is


thirak sarita

sábado, 24 de setembro de 2011

o silêncio


rasgado o fulcro
esquivo-me ligeira
e escapo no vazio

farta de procura e de cansaço
 aí te encontro
 e te conheço

até que um dia
apaixonada
deito-me noiva

ardente e ávida
como se te perder
alguém pudesse

calmo, tomas a mim
 e lentamente
aprendo a tua paz

depois celebro
o raio de luz primeiro
dessa fresca manhã

antes hirta, peso e sombra
agora leve, água e solta


thirak sarita


quinta-feira, 28 de julho de 2011

missiva



perdeste-me
porque caminho
para a porta de saída

não esperes
de mim que me despeço

sem levar compromisso
angústia ou crença

da última
( algema doce )
guardo a derradeira reverência

não mais pertenço a tribo
ou clã
nem mesmo me possuem
cor ou sexo

cavalgo o imediato
inteira e nua
e salto nesse instante de apnéia

thirak sarita

quarta-feira, 6 de julho de 2011

brincadeira ( leela )


quando o último ar
 que traz a vida
o meu corpo percorresse

e esse corpo
 por qualquer razão pequena
  tentasse detê-lo
inutilmente

nada mudaria

nem o mapa das estrelas, céu da noite
calmaria
nem o sol, esse insensato
que - indiferente- brilha
nem a flor que em seu contorno
desenha a maravilha

nada no mundo
ou ninguém perceberia

quando ela se for (vida minha?)
nem eu mesma sentiria

thirak sarita


domingo, 3 de julho de 2011

no centro do furacão



no centro do furacão existe um buda

no agora
onde o vento dorme

suspenso
onde tudo espera

vazio
onde o silêncio mora

em paz
onde se encontra Deus


thirak sarita


foto cedida por eliana mora

sexta-feira, 1 de julho de 2011

sobre o amor


O amor não é uma ação; não é uma coisa que você faça. Se você faz, não é amor. Nenhum fazer está envolvido no amor; ele é um estado de ser, não uma ação. Também não é uma questão de tempo. Se você pode ser amoroso em um simples momento, isso é o suficiente, porque você nunca tem dois momentos juntos. Somente um momento é dado. Quando um é perdido, um segundo é dado. Você tem somente um momento com você. Se você sabe como ser amoroso em um único momento, você conhece o segredo.

Osho
(O Livro dos Segredos- vol 2)

terça-feira, 28 de junho de 2011

o vôo do buda


                                                                                no  sitio  leela

era um passarinho que caminhava
mesmo podendo voar

até o dia em que ele ouviu: voa!
e ganhou o céu porque acreditou .

primeiro ele dançou
como só um passarinho pode dançar
desenhando no ar a forma do infinito

depois,cheio de gratidão
ele partiu

voando muito alto, desapareceu no azul do céu

alguns dizem que se dissolveu nas nuvens
outros, que virou estrela
mas há quem garanta que ele se tornou o próprio Deus


thirak sarita


sexta-feira, 22 de abril de 2011



todos os caminhos levam para lá, onde as línguas se misturam sem fronteiras que demarquem, onde os opostos se anulam num campo neutro de forças, onde o branco não é nada sem o negro em contraponto, onde nem a luz existe porque o escuro se foi, onde dor e riso vão juntos na imensa paz que ficou - êxtase da suprema entrega, onde o rio mergulha no mar e nele se transforma

thirak sarita 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

da minha janela

                                                                                      
vejo Deus


thirak sarita

segunda-feira, 21 de março de 2011

em cada pausa



 entre as palavras de uma fala
 quando alguém se cala
 e o outro não responde

 quando o passado se vai
 e o futuro não chegou

 quando estou
 com um pé no chão
 e outro no ar, na caminhada

 quando parada
por um momento
olho o espelho de manhã

 quando estou só
- sem pensamento -
 e não há eu nem tu

 nos intervalos
 quando o instante fica nu


 thirak sarita




quinta-feira, 17 de março de 2011

experimenta



pegar todas as tuas lembranças
as mais caras, que te põem no colo
ou envaidecem
as mais tolas ou ridículas
aquelas que te causaram extrema dor

teu nome e sobrenome
 e tudo o mais de que és feito
até o dia de hoje

fazer um embrulho caprichado
amarrado com fita de cetim
e em dádiva a qualquer coisa que acredites
jogá-lo ao mar

de preferêcia em alto-mar
no escuro de uma noite
em que a tempestade fizer dele
um gigante furioso

e quase náufrago
nele respirar o cheiro da morte
para chorar a grande perda
do que pensavas ser
ou julgavas ter

ao amanhecer - e só então
numa leveza de novidade
serás vivo e livre
para celebrar quem realmente és


thirak sarita


segunda-feira, 14 de março de 2011

dancing-river



chego discreta, pela porta dos fundos

vazia de anseios
cheia de compaixão

eu me apresento dançando
no fluxo do rio

simplesmente rio
simplesmente eu


thirak sarita